A Grand Cru
continua surpreendendo na expansão de seu portfólio. Este mês comemorou a
chegada de Dirk Niepoort e seus maravilhosos vinhos, e para formalizar o acordo
organizou uma degustação virtual com a presença de importante grupo de
jornalistas e do próprio Dirk na data de ontem. Tivemos a oportunidade de
provar 5 vinhos que já estão disponíveis no Brasil da lista de 15 rótulos que
marcaram o início de atividades com a Grand Cru. Dois da região do Dão: Niepoort
Dão Tinto, e Dão Conciso, e mais 3 da região do Douro: Conversa, Vertente, e
Redoma. Além do Douro e do Dão a importadora já conta com os vinhos do porto e
com os vinhos do Minho mas já promete
receber até o final do ano os exemplares produzidos na região da Bairrada.
Claro que a linha de vinhos da Niepoort é muito ampla e nem todos os rótulos por
ele produzidos chegarão a nos, então vamos conhecer o que já temos disponível: Niepoort
Conversa Tinto 2017; Niepoort Conversa Branco 2018; Niepoort Douro Redoma Tinto
2016; Niepoort Redoma Branco 2018; Niepoort Redoma Reserva Branco 2017;
Niepoort Docil Loureiro Vinho Verde 2018; Niepoort Batuta 2013; Vertente 2016 e
as famílias de vinho do Porto: Ruby, Tawny e Dry White.
Quem
conhece Dirk sabe que ele é uma pessoa de fortes convicções e que não se importa
nem tem medo de remar contra a maré, caso esteja convicto de sua verdade.
Muitos o chamaram de ovelha negra por ter enfrentado de frente a onda de vinhos
bombadões que tato ajudaram a fazer a fama a região do Douro, mas eu prefiro
chama-lo de ovelha de ouro, pois com sua verdade de produzir vinhos fáceis de
beber e que não fiquem restritos a apenas 1 ou 2 taças pelo excesso de álcool,
foi pioneiro na produção de vinhos mais leves e tradicionais onde a acidez é
mais importante do que o álcool e que hoje fazem a cabeça dos formadores de
opinião e consumidores de vinhos finos. Em nosso papo de ontem nos confidenciou
como uma frase de seu pai o impactou em sua filosofia de elaboração de vinhos. Perguntado
o que seria um vinho bom seu pai respondeu: é aquele que mais você bebe melhor
fica”. OBS importante a Niepoort possui 62 hectares no Douro, 17 na Bairrada e 15 no Dão todos com agricultura BIO, assim como grande parte dos produtores independentes que vendem uvas para eles. As quase 2 horas de conversa
certamente dariam mais umas boas 4 páginas de matéria, que prometo mesmo que parcialmente
colocar em algum outro post, visto a ideia de hoje era informar da parceria e resumir
os vinhos que provamos ontem e que já estão disponíveis na Grand Cru.
Vamos aos
vinhos degustados
Dão
Niepoort Rotulo Tinto 2016 – Corte de Touriga Nacional, Jaen, e Tinta Pinheira com 13% de álcool,
PH de 3,89 sem passagem por madeira. Vinho fresco de entrada, média
concentração, marcado por aromas balsâmicos, pimenta preta, e aromas florais,
ótima acidez, taninos domados, leve frescor, e um pouco mais austero. R$ 140
Dão Nieport
Conciso 2015 –
Corte de Baga, Jaen, e outras, com 12% de álcool, PH de 3,8 com passagem de 20
meses por toneis de carvalho, vinificado em lagar com
50% de engaço, sem filtração. Violáceo, ralo, sem halo. Frutas negras
frescas, mineral, e especiarias, cravo, e leve tostado. Na boca alta acidez,
taninos sedosos, corpo médio, persistência longa, e final de boca direto com
frutas e mineralidade. R$250
Niepoort
Conversa 2018 –
Corte de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela e outras,
com 13,3% de álcool, PH 3,66 e curta passagem de 50% por barris de carvalho francês
usado, e 50% em cuba de inox. Violáceo ralo, sem halo. Frutas vermelhas, floral
intenso, ervas aromáticas, e notas minerais. Boca leve, boa acidez, taninos finos,
final de boca bem frutado. Vinho de entrada de linha com ótima relação custo
benefício R$ 130
Niepoort
Vertente 2016 –
Corte de Tinta Roriz, Touriga Franca e outras, com 12,5% de álcool, PH 3,57 e
passagem de 20 meses em barricas de carvalho francês, normalmente este vinho é
elaborado com vinhos que poderiam fazer parte do Batuta. – Rubi, boa
concentração de cor, muito leve halo. Olfativamente, com presença de cereja, ameixa,
ervas aromáticas, mineral, e leve tostado. Na boca, boa estrutura e acidez,
taninos já integrados, persistência longa e final de boca elegante, mas
definitivamente pedindo mais tempo de garrafa. Belo vinho. R$ 250
Niepoort Redoma
Tinto 2016 – Corte de Tinta Amarela, Touriga Franca, Rufete, Tinta Roriz, e
Tinta Cão, com 12% de álcool, PH 3,64 e passagem de 20 meses por toneis de
carvalho, vinificado em lagar com 100% de engaço. Violeta, boa concentração sem
halo de evolução. Vinho jovem, mas já com diversas camadas olfativas que
iniciam com ervas aromáticas, e frutas negras, passando para intenso floral,
pimenta preta, balsâmico, e mineral lembrando pedra molhada. Na boca harmonioso,
ótima acidez, taninos finos ainda presentes, corpo médio, sem presença aparente
de álcool, longo, final de boca fresco, leve e frutado. Um vinho com muita
personalidade que gostaria de tomar daqui uns 4/5 anos. Muito mais elegante e fácil
de beber do que o último exemplar que tomei que infelizmente não lembro a safra,
talvez 2009.
Parabéns a
Grand Cru por mais esta grande conquista, e ao Dirk pela competência, coragem e
humildade. Saude !
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