PFV – TORRES

Miguel Agustín Torres

A Casa Torres foi fundada em 1870 e está em sua 5ª geração. Sediados nos arredores de Barcelona, em Penedês, terra das cavas, a Torres escolheu a produção de vinhos tranqüilos e brandies, como seu core business. Foi também a primeira empresa estrangeira a investir no Chile, em 1979 assim como nos EUA em 1983 na região de Russian River no norte da Califórnia. Possuem 2.400 hectares de vinhas espalhadas pelo mundo. A filosofia da família e de que a produção do vinho começa com o respeito pela terra. Com ela evitam o uso de químicos, inseticidas, herbicidas e fungicidas contra a botrytis. Alem disto produz vinhos orgânicos concentrando-se nos EUA com 100%, no Chile tem 20% e na Espanha ainda com apenas 2%. Na Espanha tem vinícolas em Penedês de onde saem seus principais vinhos como é o caso dos Mas La Plana, e o Gran Corona, no Priorat os Perpetual e os Salmos, da Ribera Del Duero sua linha Celeste, e da Rioja os Ibéricos, alem de outra grande lista de vinhos das DOs Catalunha e Conca de Barberá alem de Vinhedos de Espanha.  A Torres, vende hoje em 127 países. Falar dos vinhos da Torres para mim é um motivo de prazer, pois os incluo no fechado grupo dos meus super favoritos, lembro de uma vertical que participei à um ano atrás e que pretendo achar minhas notas para posta-las em um futuro breve. O representante da Torres no evento da PFV foi o próprio Miguel A. Torres, presidente e CEO da empresa.

Vamos agora aos descritivos dos dois vinhos provados:

Torres Mas La Plana 2007 – Este single estate wine de uma pequena vinha de 29 hectares na região de Penedês é elaborado com a variedade Cabernet Sauvignon. Rubi, boa concentração de cor, sem halo. Olfativamente, vibrante, frutas vermelhas maduras, trufas, finalizados por toques químicos, herbáceos e o tradicional tostado. Na boca, ótima acidez, taninos finos ainda ligeiramente verdes, bom corpo e persistência longa e retrogosto confirmando o olfativo. Vinho de grande potencial ainda necessitando de guarda. NOTA 92/100.

Torres Mas La Plana 2001 – Certamente, estes vinhos vão ganhando qualidade com o tempo, o exemplar de 2001 estava absolutamente perfeito. Granada, média concentração, halo de evolução. Olfativamente complexo, com aromas evoluídos, balsâmicos, ameixas, trufas, café, toffe, terroso, e tostado muito agradável. Na boca, uma perfeição, elegante, tripé sem arestas, acidez marcada, taninos doces, corpo médio para longo e final de boca de frutas evoluídas e tostado. Vinho perfeito para ser tomado hoje, mas que tem a vantagem evoluir e se manter conservado certamente por mais uns 30 anos como comprovam os exemplares mais antigos que já tive a oportunidade de tomar. NOTA 95/100.

Walter Tommasi