7 de fev. de 2016

Pois Pois “4” a Riqueza do Douro


Quando voce fala em vinhos portuguêses hoje em dia o Douro brilha e reluz, seus vinhos estruturados enchem a boca dos consumidores que os  colocam junto a orígens como Bordeaux, Brunello di Montalcino, Ribera del Duero , Maipo, e Napa Valley. Seus potentes vinhos foram responsáveis por uma verdadeira revolução no mundo vitivinícola português e hoje são campeões em prêmios e ainda mantendo uma  boa relação de custo benefício quando comparados com algumas   das orígens citadas. Além de grandes vinhos a região é reconhecida como tendo as mais belas paiságens vinicolas do mundo, especialmente as quintas que margeiam o Rio Douro, e foi nesta pujante mas ainda bucolica região que completamos a 4ª etapa de nossa viagem pelas terras de Camões. O Douro  está localizado no nordeste de Portugal na bacia hodrogáfica  do rio que  lhe dá o nome e circundado  por montanhas que tornam seus diversos terroir um pote de riquesas devido seus diferentes tipos de solo, altitude e exposição solar. É dividido em 3 sub regiões:  Baixo Corgo região mais fria que tem impacto do oceano Atlântico e por tanto ser responsável pela produção de vinhos de estilo mais leve e fino, Cima Corgo a maior da 3 sub regiões tem a cidade de Pinhão como centro , não sofre interferência dos ventos oceânicos deviado a proteção da montanhas que a circundam, seus vinhos são mais estruturados e intensos, e finalmente o Douro superior localizado a leste junto a fronteira com a Espanha e que tem o clima mais quente e a menor precipitação de chuva dentre as sub regiões sendo responsável por alguns vinhos muito estruturado e quentes . As variedades tintas mais populares da região são Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Roriz, entre as brancas destacam –se a Malvasia Fina, Gouveio, Viosinho, Códega e Malvasia Rei. Durante nossa passagem por estas paragens  tivemos a oportunidade de visitar 4 produtores : Quinta do Crasto,Quinta dos Avidagos, Quinta da Gaivosa, e Quinta Santa Eufêmia , vamos a alguns  detalhes que marcaram cada uma delas:  
Tudo iniciou na Quinta do Crasto, definitivamente a vista mais bonita entre os produtores do Douro, lá fomos recebidos pelo enólogo Manuel LoboVasconcellos que nos serviu 7 de seus vinhos onde o maior destaque ficou para o Quinta do Crasto Tinta Roriz 2013 com 14,5% de álcool dos quais sao produzidas apenas 4.800 garrafas . Vino ainda jovem mas com muitas camadas aromáticas  e uma boca gorda , exuberante e gastronômico , ao custo de  40 Euros.  


Próxima parada , Quinta dos Avidagos, onde pousamos. De propriedade da família Nunes de Matos a emprêsa tem quatro quintas sendo a mais antiga adquirida em 1685. Por muitos anos produziram apenas vinhos do porto, mas desde  2001 decidiram elaborar vinhos tranquilos com responsabilidade enolôgica do badalado  Ruy  Cunha . Seus vinhos são marcados pelo estilo estruturado que tanto divulgou a região no mundo, entretanto meu favorito foi o Branco 2014, um corte de Malvasia fina, Gouveio, Arinto e Viozinho que esbanjou mineralidade e frescor . Devo destacar a hospitalidade  do casal, com quem tivemos um delicioso jantar além da beleza da casa pricipal de sua velha quinta totalmente reformada para receber os turistas que os visitam, certamente uma parada obrigatoria para os arquitetos amantes de vinhos . 


A seguir, pelo menos para mim, a esperada visita a Quinta da Gaivosa, um de meus produtores favoritos do Douro, onde  fomos  atendidos pelo dinâmico e generoso Domingos Alves de Souza que já nos esperava sob a chuva que caia no dia da visita.” Vocês querem conhecer a Quinta” foi sua primeira pergunta após nos receber com um caloroso abraço. A resposta foi um sim “preocupado” pois conhecia a quinta de fotos  e por saber ser bem ingreme,” vamos de Jeep” diz ele descontraido , quando vimos  o” Jeep” ficamos  um pouco mais preocupados pois era uma BMW X5 , ai  imaginei se ele ia realmente entrar nas estreitas trilhas da quinta. Pois foi !! com direito a curvas feitas com interminaveis idas e voltas , paradas para fotos, definitivamente momentos emocionantes e inesquecíveis.
 Na volta visita a sua linda e nova adega, e a seguir  degustação onde ele fez questão de servir sua linha inteira  de onde destaco pelo menos 3 vinhos maravilhosos: O primeiro foi  o Personal Alves de Souza 2006 Branco elaborado com 10 castas autoctones provenientes de vinhas velhas , vinificadas no processo dos hoje “suoer In” Vinhos  Laranjas, ou Âmbar , um vinhos marcado pelo aroma oxidativo de grande frescor e estrutura , como ainda não está no Brasil me senti obrigado a trazer uma garrafa desta jóia para dividir com os amigos, o segundo vinho não poderia deixar de ser o tradicional Quinta da Gaivosa que nos foi servido em sua safra 2009 como sempre um exemplo de equilibrio e complexidade e elegância, finalment o Abandonado  da Safra 2011, um vinho aveludado, rico , com tremendo potencial de guarda. Para finalizar a visita um almoço em familha comandado por dona Lucinda esposa  e que contou com a presença da Mariana filha, e Pedro genro. Uma visita inesquecível que espero poder repetir sempre que for para o Douro. Meus agradecimentos caro Domingos.

Finalizando nossa estada no Douro fomos conhecer a Quinta Santa Eufêmia vinícola  fundada em 1864 em local repleto de marcas da história  como o o marco pombalino de numero 27 de 1756 , um dos muitos implantados pelo Marques de Pombal para demarcar  a região, a capela farol que ajudava os navegantes do Douro da época, e até mesmo o lagar de granito de propriedade da vinícola e que está em uso até hoje para a pisa das uvas .   Esta vinícola posue 45 hectares de vinhedos que produzem  anualmente entre 80 a 120 mil garrafas de Porto e  120mil garrafas de vinhos tranquilos. Gostei muito de seus vinhos tranquilos mas foram os portos que me fizeram colocar a mão no bolso e compra 3 deles para minha adega: um fresco Porto White 10 anos por  12 euros, um delicioso Tawny 20 anos por  25 Euros , e alucinante Tawny 30 anos por 56  Euros.
Manuel e os vinhos da Quinta do Crasto

Vinhos da Quinta dos Avidagos

O Personal Alves de Souza
Porto Colheita 2004 da Santa Eufêmia 


Após este longo e delicioso dia, só mesmo um  descansinho na van rumo a região dos  Vinhos Verdes nossa próxima parada . Até 

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