Na última sexta feira participei de uma prova de um novo produtor brasileiro, e devo admitir que só fui devido o convite ter vindo de um caro amigo que já havia tomado o vinho recentemente e me garantiu que valeria a pena conhecer. Não pelo fato do vinho ser nacional, pelo contrario, pois alem de apreciador de alguns vinhos produzidos por estas bandas, ainda torço fortemente para que eles cheguem ao padrão dos bons vinhos produzidos por nossos vizinhos sul americanos, mas é que 6as feiras para os moradores de Alphaville sempre são motivo de preocupação com o transito do fim de semana. Nossa reunião ocorreu no Restaurante Rancho do Vinho, que eu ainda não conhecia e que realmente prepara ótimas costelas de boi. Alem deste que vos escreve estavam presentes alguns dos melhores blogueiros da atualidade: Álvaro Galvão ( Divino Guia) Beto Duarte ( Papo de Vinho), Daniel Perches ( Vinhos de Corte) ,Marcelo de Morais ( Bom di Vinho),José Antonio Peterle, proprietário da vinícola, Julio Kunz responsável pela operação da empresa, e Orestes de Andrade que faz a assessoria da casa.
Julio Kunz, José Peterle, e Orestes de Andrade |
OBS: Os vinhos ainda não foram lançados em São Paulo e a previsão é que isto ocorra no próximo ano, pois a jovem empresa ainda está se estruturando.
Vamos aos comentários dos três exemplares provados:
Ser 2010 - Um corte 50% Chardonnay e 50% Sauvignon Blanc com apenas 11,5% de álcool e que custa R$ 30,00. – Palha verdeal, brilhante. Olfativamente elegante com notas de abacaxi, mineral e ligeiro floral. Na boca, fresco, corpo curto, persistência média. Me agrada muito a idéia de produzir vinhos menos alcoólicos especialmente brancos para um país como o Brasil mas o exemplar estava um pouco ralo. OBS Primeira safra do vinho. NOTA 79/100
Cor 2008 – Um corte de Merlot 60% e Cabernet Franc 40%, maturado parcialmente (30% do Vinho) em barricas americanas. R$ 35,00. Violáceo, média concentração, sem halo. Olfativamente floral, framboesa, baunilha e coco. Na boca leve, acidez correta, bons taninos, corpo médio e persistência longa. Fim de boca com ligeiro adocicado. Vinho agradável. OBS: Primeira safra do vinho. NOTA 81/100.
Cor 2009 – Mesmo corte que a safra anterior, mas com maturação completa em barricas americanas de segundo uso. R$ 35,00. – Violáceo, boa concentração sem halo. Olfativamente com alguma complexidade, floral, pétala de rosas, framboesa, tostado agradável. Na boca elegante, boa acidez, corpo médio persistência longa e retrogosto frutado com toque floral. Interessante notar como o vinho em sua segunda safra melhorou seu padrão, nesse caso a troca de passagem por barrica de 30% do volume para 100% assim como uso de barricas de segundo uso, fizeram a diferença. Um vinho que promete muito. NOTA 84/100.
Walter Tommasi
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