30 de jul. de 2012

The Douro Boys back in Town



Todos sabem que um dos segredos do sucesso dos Douro Boys vem do fato de todas suas ações de marketing serem feitas em conjunto, e certamente o mercado brasileiro sempre é uma prioridade pela grande penetração que seus vinhos tem por aqui. Nesta semana passada os 5 meninos do Douro passaram por aqui em disputadíssimo evento realizado no consulado de Portugal que sempre apóia os conterrâneos na divulgação de seus produtos. O local estava tão lotado que tive sérias dificuldades para provar todos os vinhos, inclusive não consegui provar os Van Zeller, e até gostaria de sugeriria que para futuros eventos aqui em São Paulo fossem feitos dois encontros para que os contatos com estes espetaculares produtores possam ser mais profícuos.
Mesmo com política de divulgação conjuntas uma das principais características do grupo é que cada um dos produtores sempre manteve sua filosofia própria de trabalho e de estilo o que acho admirável, e esse evento mostrou que eles estão cada vez mais distantes em seus estilos.
Vamos aos meus destaques de cada um dos produtores:

Quinta do Crasto – Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2009 - Corte de vinhas velhas com plantas de mais de 70 anos, 14,5 de álcool e estágio de 16 meses em barricas 85% francesas e 15% americanas – Violáceo, média concentração, sem halo. Olfativamente com intenso aroma de frutos negros, floral lembrando violetas, especiarias e toque mentolado e baunilha. Na boca, macio, boa acidez, taninos finos, bom corpo, pontinha de álcool e retrogosto frutado. Continua sendo o mais modernista dos cinco produtores mas sempre com o tripé correto, me pareceu ligeiramente mais alcoólico do que a última vez que tomei. Nota 90/100




Van Zeller – Sem prova

Quinta Vale do Meão – Quinta Vale do Meão 2008 – Corte de Touriga Nacional 55%, Tinta Roriz 10%, Touriga Franca 30%, e Tinta Barroca 5%, 14,5% de álcool, e estágio em barricas francesas, sendo 80% novas. Rubi, alta concentração, sem halo. No nariz frutas negras maduras, mineral, e toque de ervas escuras. Boa acidez, taninos finos ainda não prontos ponta de álcool, encorpado, final de boca frutado. A impressão que me deu é que está mais estruturado e frutado que os das safras passadas. Nota 90/100





Niepoort – Charme 2007 – Corte de vinhas velhas com plantas de 70 a 100 anos de vida,e estágio em barricas francesas por 16 meses, sem filtragem. Granada, ralo, halo de evolução. Olfativamente, complexo, frutas evoluídas, ameixa preta, terroso, especiarias, chá, tabaco e funghi. Na boca, ótima acidez, taninos finos, corpo leve, elegante, e retrogosto terroso com cravo. Um vinho extremamente elegante, uma verdadeira tentação para os apreciadores da escola dos vinhos do velho mundo. Nota 93/100






- Colheita 1998 – Corte de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinto Cão, Tinta Francisca, Tinta Amarela, Sousão, Tinta Roriz e outras de vinhas com mais de 60 anos, com passagem por pequenos cascos de carvalho (550, 600 l), engarrafado em 2007, 20% de álcool. – Granada ralo. Olfativamente marcado por frutas secas como figos e uvas passas, tabaco e terroso. Na boca, alta acidez, ,sem a presença de sobra de álcool, elegante, corpo médio e final de boca esplendoroso com frutas secas e tabaco. Esse é um porto que não pode faltar em nenhuma adega, lindo. Nota 93/100





Quinta do Vallado – Quinta do Vallado Reserva Field Blend 2009 – corte de Vinhas Velhas com mais de 70 anos (65%) - Tinta Roriz, Tinta Amarela, Touriga Franca e outras Vinhas Novas com 10/15 anos - Touriga Nacional (35%) com passagem em meias pipas por cerca de 17 meses. Violáceo, alta concentração, sem halo. Olfativamente, balsâmico, cerejas negras, ervas, couro e presença de madeira. Bom balanço de boca, carnudo, encorpado, ponta de álcool, retrogosto frutado. Certamente um vinho impactado pela safra quente, um pouco mais pesado que as safras anteriores mas com bom balaço de boca. Nota 91/100




Douro BoysWWW.douroboys.com

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