9 de abr. de 2012

O lado tradicionalista dos Conterno



Os Conternos tem longa historia no fechado mundo dos Barolos. Fundada em 1908 por Giovanni Conterno(avô), pai de Giacomo que hoje possui o nome da vinícola, é considerada ser uma das primeiras pequenas empresas a engarrafar e rotular os seus Barolos lá pelos idos de 1920. Seu vinho “Monfertino” assim era chamado por ser elaborado com uvas compradas na região de Monforte D’Alba. Os vinhos de Giacomo Conterno nasceram com o objetivo de serem longevos, sendo que no início eles até terem sofrido um pouco pelos  vinhos  na época de seu lançamento serem praticamente “Intomáveis”, mas que o tempo se encarregou de mostrar  para o que vieram quando mais maduros, quando puderam realmente  mostrar  toda sua qualidade.  Em 1961 Giacomo passou o comando da vinícola para seus dois filhos Giovanni e Aldo, mas por falta de acordo quanto à filosofia de trabalho a parceria só durou até 1969 quando Aldo se retirou da sociedade para montar sua própria vinícola ( Aldo Conterno) tendo como objetivo produzir Barolos mais prontos para beber em estilo mais  modernista, enquanto Giovanni por sua vez levou em frente a tradição de produção de vinhos com longa guarda e tornando-se um dos baluartes dos Barolos tradicionalistas com sua vinícola Giovanni Conterno.

André, Marcelo, Oswaldo, Walter, Evandro, Marcio e Cris

Pois bem foi um exemplar deste grande produtor que tive a oportunidade de saborear outro dia no Piselli levado gentilmente pelo novo amigo deste maravilhoso mundo dos vinhos o simpático Evandro Pereira a quem agradeço a generosidade de compartilhar sua Magnun que foi rapidamente liquidada pelos presentes (Marcio Moretti, Cris Taylor, Andre Rodrigues, Oswaldo Correa da Costa, Marcelo Vogt Maia Rosa, e este que vos escreve) Seguem  minhas impressões sobre o vinho. 

Giacomo Conterno Barolo Cascina Francia 2003 – Granada média concentração e halo de evolução. Olfativamente, como manda o figurino, austero, frutas negras maduras, funghi, sottobosco, canela, chocolate escuro, e o tradicional toque terroso. Na boca, perfeito, tripé correto, acidez na medida certa, taninos finos presentes, elegante, persistência longa, e retrogosto lembrando frutas maduras, quase passas, e agradável tostado. Um Verdadeiro Barolo, austero, elegante e incrivelmente pronto para um garoto de apenas 9 anos. Será que os irmãos ainda se conversam? He He He . Nota 93/100

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