23 de out. de 2019

Provino começou com o pé direito



Na semana passada tive o prazer de participar de um dia de atividades da ProVino, em sua primeira edição, que contou com a presença de produtores e importadores de vinhos do Brasil, Argentina, Chile, França, Itália, Portugal e Uruguai, Bolívia e Áustria. O resultado não poderia ser melhor, pois a feira teve foco em profissionais do setor o que tornou a mesma mais fácil de ser aproveitada pelos diferentes segmentos de interesse. Para os produtores internacionais os importadores brasileiros em busca de novos rótulos, para os produtores nacionais e importadores presentes, os donos de restaurantes, enotecas, sommelier etc, e para nos, jornalistas e formadores de opinião finalmente espaço e tempo para poder provar e escrever sobre os vinhos apresentados. Desta vez não presenciei nenhum empurra empurra, não vi ninguém alcoolizado falando alto e querendo aquele vinho “me dá o melhor que você tem ai” enfim saí realmente satisfeito e com muito material. Portanto deixo aqui registrado meu reconhecimento aos organizadores Malu Sevieri e Rico Azeredo, sócios da Emme Brasil, e Christian Burgos, sócio da Editora Inner, que viabilizaram a ProVino de forma profissional. Tenho certeza que este será a primeira de muitas feiras voltada para profissionais substituindo a extinta Expovinis. Muita gente poderá me perguntar e os consumidores finais como ficam? Lembro que já existem algumas outras feiras como a Wine Weekend e a Encontro de Vinhos além das organizadas pelos próprios importadores específicas para este segmento.
Claro que como só tive tempo de ir em um dia não consegui provar tudo, vamos portanto conhecer meus favoritos entre os provados:


No Stand do Uruguay que contava com a presença de suas vinícolas mais premiadas: Bracco Bosca, Castillo Viejo, Antigua Bodega, El Capricho, Establecimiento Juanico/Familia Deicas, Familia Traversa, Brisas, Gimenez Mendez, H. Stagnari, Montes Toscanini, Finca Narbona e Varela Zarranza, só provei os vinhos da Montes Toscanini e meu destaque ficou para o Carlos Montes 2017  um delicioso Tannat  com 2 anos de passagem por barrica americana e 13% de álcool.





Representando o Chile estavam presentes Casa Silva, Dos Almas, Hacienda Maule, Morandé, Nobel Chile , Concha y Toro,  Sur Valles, e Patria Nueva da qual gostei muito do  Patria Nueva Cabernet Sauvignon Reserva Especial 2018, vinho redondo leve para o dia a dia.









No stand de Portugal as marcas 5 Bagos, Convivo de Sabores, Grande Porto, Vallegre, e Fladgate Partnership com Taylor’s, Fonseca, Croft e Krohn. Não provei nenhum

Pela  França a Vignobles Bouillac, Bleu de Mer com seu Bernard Magrez Bleu de Mer Premium 2018 um rosé limpo com muito tutti fruti e mineral, fácil de beber trazido pelo Grupo Ciclon  









A Bolívia também esteve presente com os surpreendentes vinhos da vinícola Kohlberg onde meu destaque ficou para o Kohlberg Cabernet Sauvignon 2016, um vinho austero muito bem elaborado.










No stand da Itália tive a oportunidade de provar mais vinhos e dou destaque a dois: o Campi Flegrei 2018 um delicioso Falanghina bem floral, com toque salgadinho e muito frescor na boca. O produtor fez questão de servir um da safra 2014 que mostrou todo o potencial de guarda do mesmo, e que acabou lembrando um bom Riesling. O segundo vinho foi o complexo Nero D’Avola Eughenenes 2017 muito senhoril quando comparado com a média de vinhos desta casta, agradou muito.





Dos produtores nacionais provei cinco vinhos da Thera, nova vinícola de Santa Catarina onde se destacou o Thera Mandai 2017 um corte de Merlot, Cabernet Franc, Malbec, e Syrah com 12 meses de barrica francêsa, vinho elegante suculento. 








Na Miolo meu amigo Fábio não me deixou sair enquanto eu não provasse 7 exemplaresdentre os quais tenho que destacar o espumante sensacional complexo, cremoso Miolo Iride com 10 anos de sur lies produção de 1800 garrafa. Rs 400.

Na Valduga me agradou demais o austero Casa Valduga Cabernet Franc 2015  um vinho que comprova o potencial da variedade nos países da América do Sul incluindo o Brasil










Entre os importadores visitei a Monvin e dos 5 vinhos provados o que mais me agradou foi o  Siendra Chappillion 2017  um corte espanhol com 80% de Garnacha  7% de Merlot, 7% de Cabernet Sauvignon, e 6% de Syrah  com 16 mesesde passagem por barricas de segundo uso.  Um vinho vibrante, nervoso com ótima acidez e taninos domados. R$ 174







Na visita à World Wine me agradou demais o Herdade do Rocim 2017, um corte de Touriga Nacional, Alicante Bouchet e Aragones. Um vinho direto, com fruta limpa e gostosa emuita  mineralidade .










W Tommasi e João Valduga

Agora só falta esperar o evento de 2020 Parabéns aos idealizadores.

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