20 de mai. de 2019

Vinhos de Israel ótima relação custo benefício




Recentemente recebi um convite imperdível para participar de um Master Class com vinhos de Israel em evento organizado pelo amigo Marcelo Copello e sua revista Baco. O evento teve o apoio da Wines of Israel, Ministério da Economia e Comercio de Israel, do Export Institute deste país, e foi realizado no novo espaço paulista dedicado a vinho, o Museu do Vinho. A história do vinho na região hoje ocupada por Israel remonta a mais de 5 mil anos, mesmo que tenha sido interrompida por razões religiosas durante o domínio islâmico. Mas gostaria de focar este post a nova realidade dos vinhos de Israel que se iniciou entre 1880 e 1890 e contou com massivo suporte financeiro do milhonário Edmond de Rothschild, proprietário dos icónicos Chateau Lafite e Mouton Rothschield, para a criação de comunidades auto suficientes ma a elaboração de vinho de qualidade. Diz história que ele investiu por volta de 12 milhões de francos na ajuda da criação da infraestrutura assim como na construção de 3 vinícolas, estava criado um caminho sólido e seguro para produção de vinho em Israel.  Cem anos se passaram e uma nova onda, chamada de segunda revolução de vinhos de Israel ocorre nos anos de 1970 a 80. Novas variedades de uva são plantadas, novas áreas são abertas, novas tecnologias são introduzidas e muitos israelenses que estudaram vinicultura em outros países do mundo especialmente nos EUA retornam e iniciam esta nova fase. Em 1990 surge o boom das vinícolas boutique, e finalmente nos anos 2000 os vinhos israelitas ganham finalmente reconhecimento mundial. Hoje são por volta de 300 vinícolas, 40 milhões de garrafas produzidas anualmente, consumo per capita de 5 litros, e exportação chegando a 20% da produção local, sendo os EUA o principal mercado com 55% do volume exportado. No Brasil existem apenas duas importadoras trazendo vinhos israelenses, que primam pela boa qualidade e a excelente relação custo benefício, gerado pelo fato dos vinhos deste país ter o mesmo tratamento fiscal dos membros do Mercosul,  o que deve levar a um aumento considerável no consumo desta origem.

No Master Class que tive a oportunidade de participar provei os seguintes vinhos:

- 562 Espumante Brut Vinícola Tabor
- Dalton 2017 Chardonnay Kosher Le Mehadrin – 100% Chardonnay
- White Tulip 2016 Kosher le Mehadri. - 70% Gewustraminer30% Sauvignon Blanc
- Jozef 2016 vinícola Har Bracha, Kosher le Mehadrin - 85% Cabernet Sauvignon, 10% Merlot, e 5% Petit Verdot com 10 meses de barrica francesa
- Benhaim 2015 Kosher le Mehadrin – 70% Cabernet Sauvignons,15% Merlot, 15% Cabernet Franc, com 14 meses de barricas carvalho americano.
- Edom 2015 Kosher Mevushal - 41% Merlot, 40% Cabernet Sauvignon, 10% Syrah , 9% de Petit Syrah com12 meses de carvalho francês e americana.
- Appellation 2914 Vinícola Carmel 2014 Kosher le Mehadrin-   50% Cabernet Sauvignon, e 50% Syrah, com 12 meses barrica francesa
- Yarden Cabernet Sauvignon 2015 Vinícola Golan Heights Kocher le Mehadrin com 18 meses de barrica francesa.
- The Chosen Diamond 2013 Vinícola Binyamina 2013 Kosher le Mehadrin – 58% Cabernet Sauvignon, 16% Syrah, 14% merlot, 12% Petit Verdot. 20 meses barrica mais 1 ano de garrafa

OBS: Kosher Le Mehadrin processo de vinho não e pasteurizado, Kosher Mevushal com processo de pasteurização do vinho.

Meus favoritos por ordem: The Chosen Diamond, Yarden, White Tulip, e Appellation.

Hoje existem duas importadores que trazem vinhos de Israel: A Inovini que traz os vinhos da Yarden, e a Vinik que traz os vinhos da Tabor e da Dalton, mas prometem novidades para este ano.

Tenho certeza que em breve os vinhos de Israel serão bem mais conhecidos em nossas terras. Sucesso e boa sorte aos importadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário