11 de out. de 2018

Momentos de reflexão durante Avaliação Nacional de Vinhos



Uma viagem ao interior do Rio Grande do Sul para atender a Avaliação Nacional de Vinhos em sua edição de 2018 me fez refletir sobre nosso padrão de vida e nossas escolhas. Em meio a uma explosão de ódio e radicalismo causado pelas nossas eleições presidenciais tive momentos de reflexão que afloraram minhas emoções com pequenos acontecimentos de nossa viagem. Elas se apresentaram sob diversas formas, como a de ver nosso único Master of Wine brasileiro contendo suas lágrimas ao comentar sua reação ao ouvir o hino nacional na abertura do evento. Na fala singela e carregada de sotaque italiano do Sr Plinio Pizzato contando “causos”e a história de sua vinícola que na verdade é a sua própria história de vida. 

Na honra de ser gaúcho, representada pelas bandeiras do estado coladas em vidros ou latarias dos carros, hasteadas em casas e estabelecimentos comerciais, que muito mais do que em outros estados brasileiros despertam um nacionalismo patriótico hoje esquecido por muitos de nós. 
Na preocupação em manter a história da cidade de Garibaldi viva, pelo restauro dos antigos casarões que acabam tornando-se atração turística, bem diferente do que vemos em outros grandes centros como nossa Av Paulista só para citar um exemplo.
 Por que perdemos tempo na defesa de partidos políticos que se lixam para o que nós pensamos, e que só se preocupam em se perpetuar no poder? Por que perder colegas por conta de discussões radicais sem fim que não levam a lugar nenhum?

 Vamos dar um basta  nisto  dar as mãos e começar a trocar ideias do que é melhor para o Brasil, vamos chorar pelo nosso hino, contar e aprender com nossas histórias de vida, vamos mostrar com orgulho nossa bandeira verde e amarela, vamos cuidar de nosso patrimônio cultural, apenas para citar os acontecimentos por mim citados nesta curta viagem. Tenho certeza que existem outros tópicos até bem mais importantes do que este curto relato, e que devem ser debatidos sem radicalismo para o bem de nossas futuras gerações. Vamos baixar a guarda e buscar a pacificação, e para brindar isto por que não começar com um bom vinho nacional que deveria ser tema desta minha crônica, mas que perdeu espaço para algo mais pungente.

Paz

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