11 de jul. de 2018

Degustaçõ de Riesling TOP



Como jornalista especializado em vinhos, tenho a difícil tarefa de degustar exemplares quase que diariamente ( hick) mas normalmente analiso vinhos jovens disponíveis no mercado, torna-se portanto uma um grande momento de prazer “beber” vinhos prontos com amigos apreciadores. Na semana passada em uma das confrarias de que faço parte decidimos abrir algumas garrafas de Riesling TOP antigos com cada confrade se encarregando de levar um rotulo que poderia ser considerado como seu favorito em degustação a ser realizada às cegas. Para mais esta experiência seguimos a sugestão do Bronza, e reservamos o novo restaurante  Corrutela  do jovem César Costa, o qual gostaria de recomendar pois surpreendeu a todos os presentes que inicialmente só pensavam nos vinhos mas saíram deliciados também com os pratos servidos . Vamos então aos contendores de nossa suave pancadaria:

Joh. Jos Prum  Wehlener Sonnenuhr Spatlese 2011 – Mosel – Alemanha – Muitos não gostam da denominação “vinho feminino” mas essa doçura se destacou pelo frescor e elegância, vinho fácil de beber e apreciar, mas que depois de duas taças seu açúcar residual acaba deixando-o um pouco enjoativo, mas ainda assim a garrafa secou rapidamente. Gostaria de toma-lo daqui uns 5 a 10 anos pois promete longa guarda.












Marc Kreydenweiss Clos Rebberg 2006 – Alsácia – França – Um vinho eclesiástico, me lembrou visitar  uma igreja, por seus aromas de incenso acompanhados de frutas amarelas evoluídas. Na boca intenso com leve tanicidade. Um vinho que passou um pouco seu momento ideal de consumo. Minha experiência com os vinhos deste produtor é que os mesmos devem ser tomados mais jovens.













Egon Muller Riesling Spatlese Scharzhofberger 2007 – Saar – Alemanha - Um vinho camaleônico, um David Bowie cheio de camadas olfativas que foram abrindo com o tempo de taça, floral, mineral lembrando pedra molhada, avelã, melão doçe, pera, mel, pêssego, leve petrolato. Na boca generoso, suculento, refrescante e mineral. Um vinho que definitivamente pede tempo de descanso antes de ser consumido e com longa vida pela frente.











Weingut Herbert Giessen Erben Deidesheimer Grainhübel Riesling Auslese1989 – Pfalz – Alemanha – Um riesling mais radical em seus aromas, cereais secos, petrolato e frutas amarelas com evolução, própolis, botrytis,e especiarias. Na boca, direto, seco, opulento, mas extremamente harmonioso, e complexo, realmente uma surpresa agradável que entrou na minha lista de adegados.












Weingut Knoll Ried Kellerberg Durnsteiner Riesling 2009 – Wachau – Áustria – Apelidado de Klovis por um grupo de amigos apreciadores devido seu rótulo carnavalesco. Um Riesling direto, mineral, com pedra triturada, e fruta amarela, e leve querosene. Na boca, concentrado, bone dry, acidez cortante, longilíneo, fresco e vibrante matou saudades, garanto que iria evoluir ainda mais com tempo de garrafa. Como sempre desfilou pomposo e manteve entre os  hors concourse  agora junto com Egon e Giessen











Clemens Busch  Rothenpfad Spatlese 2006 – Mosel – Alemanha – Um exemplar mais musculoso ao estilo Schwarzenegger, ameixa, figo seco, toque de botrytis. Boa acidez, muita estrutura, mas o álcool em excesso predominou prejudicando para mim o balanço de boca.












Certamente o tema merece um novo encontro

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