25 de jun. de 2018

Vietti um barolista de mão cheia mas que capricha nos Barberas



Todos os anos tenho o prazer de encontrar com Mario Cordero, um dos” boos” da Vietti, e saber das novidades do Piemonte. No ano passado devido a crise brasileira Mario não nos visitou, mas a retomada ocorreu no último dia 7 de Junho deste ano em almoço organizado por sua importadora a Inovini. Mario é genro de Alfredo Curado que era genro de Mario Vietti, e hoje divide o gerenciamento da vinícola com Luca Curado, filho de Alfredo. Definitivamente uma empresa onde os genros souberam honrar o nome dos fundadores.  Conhecidos como especialistas em Barolos nesta visita Mario preferiu trazer para os jornalistas presentes uma vertical de seu Barbera Scarrone,
fechando a degustação com chave de ouro com um de seus Barolos cru. 
Vamos aos vinhos provados
Primeiramente foi um Roero Arneis 2016 – Uva branca que os Vietti resgataram na região e no passado utilizada para amaciar a Nebbiolo. Seu primeiro vinho com esta uval foi lançado em 1967. A Roero Arneis gera vinhos bem macios e redondos por não ser uma variedade muito acida. O exemplar provado tinha boa presença de frutas amarelas, flores brancas, e mineral. Na boca como esperado, macio, corpo médio e retrogosto frutado, muito fácil de beber – R$ 171


Barbera D’Alba Scarrone 2015- Para o apreciadores desta varietal os Barbera D’Alba em sua juventude costumam ser mais elegantes, do que os Barbera D’Asti que costumam ser mais rústicos, mas com a passagem do tempo eles acabam se igualando quando os taninos do segundo são arredondados.  Este vinhedo tem apenas 3 hectares. -  Cerejas negras predominaram no olfativo acompanhadas de especiarias e ligeiro toque de baunilha. Na boca ótima acidez, taninos presentes corpo médio para amplo, final vibrante. Ainda jovem pedindo garrafa, mas com tremendo potencial de guarda. O vinho passa por 18 meses em barricas e botes, e por malolática, e tem 15% de álcool – R$ 409

Barbera D’Alba  Scarrone 2011  Um vinho mais direto e mineral  com presença das especiarias mas menos amadeirado. Boca com ótima acidez, taninos ainda presentes corpo médio e ligeira evolução de frutas só na boca. Passagem de 14 meses por barricas e botes, malolatica, e 14,5% de álcool

Barbera D’Alba Scarrone 2009 – Vinho mais exuberante e potente. Rubi extra tinto, sem halo. Cereja no licor,  tostado, floral toque de menta. Ótima acidez, taninos macios, corpo médio, retrogosto frutado toque de café, Passa por 14 meses em barricas e botes, malolatica, e 14,5% de álcool.

Barbera D’Alba Scarrone 2006 -  Vinho maduro, sedoso, pronto. Rubi extra tinto, halo de evolução. Floral intenso, frutas negras, cereja madura, especiarias, mineral. Tripé perfeito, acidez marcada, taninos finíssimos, corpo médio, final de boca elegante delicioso. Foi meu favorito, e demonstra que a Barbera precisa de tempo de guarda para mostrar todo seu potencial. Passou 16 meses em barricas e botes, malolática, e com 14% de álcool.



Barolo Rocche di Castiglione Vietti 2013 - Elaborado com uvas de vinhedo de 1 hectare com parreiras de 60 anos de idade. Um vinho austero, mas ao mesmo tempo vibrante na boca. Frutas vermelhas azedas, flores secas, especiarias e toque final de alcaçuz, ótima, taninos finos, picante, corpo médio, final frutado com tosta delicada enriquecendo o retrogosto. Passou por30 meses em botes, após malolatica em barricas, engarrafado sem filtragem, com 14,4% de álcool – R$ 540
Obrigado Mario, e até o próximo ano.

Inovini – Site www.inovini.com.br – Fone (011) 3623 2288

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